O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, disse, hoje, que o Estado não deve aceitar continuar a receber “receitas inferiores” resultantes da exploração de recursos.
egundo a Lusa, o estadista criticou a falta de serviços básicos em zonas de exploração de mega projectos, durante a tomada de posse do coordenador executivo do Gabinete de Coordenação de Reformas e Projetos Estratégicos, João Machatine.
“Não devemos continuar a ter comunidades em zonas de grandes projectos sempre reclamando por escolas e unidades sanitárias de qualidade ou outras condições de vida”, acrescentou.
“A nossa passagem de Tete, Palma (Cabo Delgado) e Inhambane mostra essa realidade. E nem devemos aceitar que o Estado Moçambicano receba receitas inferiores por recursos que são soberanamente seus”, sublinhou.
Daniel Chapo frisou, ainda, que Moçambique é um país rico em recursos estratégicos, incluindo áreas de terra arável, recursos hídricos, uma larga zona económica exclusiva e riquezas do solo e do subsolo, defendendo “decisões arrojadas” para assegurar que os recursos sirvam para o desenvolvimento económico e social do país.
No mesmo discurso, o Presidente moçambicano pediu ao coordenador executivo do Gabinete de Coordenação de Reformas e Projectos Estratégicos acções e parcerias para acelerar o desenvolvimento económico e social do país.
Moçambique tem três projectos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de gás natural da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado, refere a mesma fonte.