O Estado angolano já apreendeu, até este momento, cerca de 13 mil milhões de dólares (7,2 biliões de kwanzas) em bens e valores retirados do erário dos quais cerca de metade a partir do estrangeiro.
Eduarda Rodrigues afirmou, na ocasião, que 6,8 mil milhões de dólares (3,8 biliões de kwanzas) são relativos à apreensão e arresto de bens móveis e imóveis em Angola, constituídos com fundos públicos ou com vantagens do crime, incluindo fábricas, supermercados, edifícios, imóveis residenciais, hotéis, participações sociais em instituições financeiras e em diversas empresas rentáveis, material de electricidade, etc.
Alguns destes bens foram já colocados para prestação de serviços públicos, incluindo instalações para tribunais, Instituto Nacional de Oftalmologia e Instituto Nacional de Sangue. Tal, permitiu uma poupança anual em rendas no valor de 12,6 milhões de dólares (7,04 milhões de kwanzas).
No exterior do país, o Estado angolano apreendeu 6,2 mil milhões de dólares em contas bancárias e não só, dos quais um terço (pouco mais de dois mil milhões de dólares) em Portugal.
Entre os países onde o SENRA conseguiu apreender mais valores estão também a Suíça (1,9 mil milhões de dólares equivalentes a 1,06 bilião de kwanzas), seguindo-se com valores inferiores a mil milhões, a Holanda, Luxemburgo, Chipre, Bermudas, Singapura, Mónaco e Reino Unido.
Eduarda Rodrigues indicou também que, até ao momento, foram entregues voluntariamente ou recuperados definitivamente a favor do Estado angolano (sem processos judiciais em curso), 5,3 mil milhões de dólares (2,9 biliões de kwanzas) em dinheiro e bens.
Em termos monetários, a quantia ascende a 2,7 mil milhões de dólares (1,5 bilião), dos quais só 359 milhões de dólares (200 mil milhões de kwanzas) foram entregues voluntariamente.