A política de desenvolvimento do território do Executivo procura mecanismos para reduzir as assimetrias existentes nos territórios menos desenvolvidos, afirmou, terça-feira (19), em Luanda, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.
Ao discursar na abertura do Conselho Nacional do Ordenamento do Território, que junta técnicos de vários sectores, para encontrar soluções definitivas sobre a problemática do ordenamento do território, Manuel Nunes Júnior reconheceu que o sistema urbano existente no país não integra, ainda, de forma equilibrada todo o território nacional.
“O problema da insuficiente qualidade de vida em muitas das nossas cidades faz com que a capital do país absorva importantes fluxos populacionais vindos do interior“, disse, acrescentando que a tendência da migração para as grandes cidades “é uma constante que prejudica o reforço das comunidades tradicionais e a preservação dos valores culturais“.
“Ainda faltam centros urbanos de média dimensão que deverão ligar o sistema no seu todo“, salientou.
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O ministro de Estado lembrou as grandes opções estratégicas contidas no Plano de Desenvolvimento do longo prazo 2020/2025, tais como a assegurar, de forma sustentada, a melhoria da qualidade de vida das populações, em particular dos territórios menos desenvolvidos, reduzindo as assimetrias existentes, promover a integração do território nacional e a criação de um efectivo mercado interno.
Fortalecer a competitividade internacional do território, modernizar a agricultura, garantir infra-estruturas e acessibilidades em todo o territórios, em particular em matéria de transportes, comunicações, rádio, televisão e Internet são outras das opções estratégicas.
Incluem, ainda, o abastecimento de energia e água a todo o território nacional, o desenvolvimento de uma rede de serviços básicos de educação e saúde em todo o território nacional, designadamente nas regiões menos desenvolvidas, bem como promover a instalação de circuitos de redes comerciais, nomeadamente a nível rural. O secretário executivo do Conselho Nacional do Território, António Resende, disse que o Executivo quer promover a implementação pragmática das diversas macro-políticas de ordenamento territorial e proporcionar a tão almejada qualidade de vida para todos os angolanos.
O encontro, que decorre sob o lema “Os desafios do ordenamento do território em Angola”, abordou, entre outros temas, o planeamento territorial e a necessidade de expropriação por utilidade pública.