O secretário-geral da NATO pediu aos Estados-membros que aumentassem a sua produção de armas para corresponder às necessidades nacionais e da Ucrânia.
Apesar de os vários países da NATO terem apoiado a Ucrânia com milhares de munições, armas e veículos, o secretário-geral da aliança transatlântica admitiu esta quinta-feira que o atual fornecimento de armas pelo Ocidente “não é sustentável”.
Em entrevista à Sky News, Jens Stoltenberg afirmou que o “consumo [de armas] é muito maior” desde que a guerra começou, e salientou que o envio de armas para a Ucrânia tornou-se numa “batalha de logísticas”.
“A única forma de manter o nosso apoio à Ucrânia é continuar a fazer o que começamos agora, que é interagir com a indústria de defesa para garantir que os nossos aliados assim contratos de longo termo”, disse Stoltenberg, pedindo aos Estados-membros da NATO aumentassem a sua produção de armas.
Ainda assim, e apesar das atuais dificuldades logísticas, o líder da NATO deixou claro que a aliança apoiará Kyiv “o tempo que for preciso”.
Vários países têm alertado para as dificuldades de continuar a armar a Ucrânia, especialmente com os tanques pedidos pelo governo ucraniano – e prometidos pelo ocidente. A Alemanha, os Estados Unidos e vários outros aliados já garantiram o fornecimento de veículos de combate pesados, mas a chegada destes meios deverá demorar pelo menos mais um mês a chegar a território ucraniano.
Já quanto aos caças pedidos pela Ucrânia, os aliados já se mostraram bastante mais relutantes em aceder a este pedido, devido às restrições logísticas e financeiras que esse apoio implica.
Stoltenberg voltou a criticar o presidente russo, reiterando à televisão britânica que uma vitória de Vladimir Putin “seria trágica para os ucranianos, mas seria perigosa para nós [NATO]”.
O secretário-geral da aliança foi ainda questionado sobre uma eventual adesão da Ucrânia, respondendo que o país “será um membro da NATO, mas o foco agora é garantir que a Ucrânia seja um estado soberano e independente na Europa”.