Uma incursão ao posicionamento de Angola sobre o combate à fome e à pobreza domina, hoje, no Rio de Janeiro, a primeira de duas intervenções do Presidente da República, João Lourenço, na reunião dos Chefes de Estado e de Governo da Cúpula do G20, a decorrer no Museu de Arte Moderna.
Durante aproximadamente quatro minutos, tempo reservado aos líderes dos países convidados, o Chefe de Estado angolano deve discorrer o seu discurso à volta das políticas e acções implementadas pelo país, no âmbito do combate aàfome e à pobreza.
João Lourenço deverá, ainda, apresentar uma visão em relação à integração de Angola nas organizações internacionais que aderiram à Aliança Global contra a Fome e à Pobreza.
O estadista angolano vai, seguramente, aproveitar a ocasião para abordar a realidade do país e as várias políticas gizadas pelo Executivo, no âmbito do combate à problemática, com particular incidência para os programas sociais em curso.
Apesar de não ser a primeira presença de Angola numa reunião do G20, depois da estreia em 2014, o país volta a ter assento privilegiado no “cadeirão” dos países detentores das maiores economias do mundo, sobretudo devido ao actual posicionamento na arena regional e internacional.
O facto de Angola estar a apostar na implementação da fonte de produção de energia renovável, respeitando as questões ambientais, tem representado uma variável que o Brasil encara como positiva, dados os objectivos assumidos pela sua liderança no G20.
Durante a reunião, os líderes do G20 e convidados testemunham o lançamento da Aliança Global de combate à fome e à pobreza, ao que se seguirá a visualização de um vídeo sobre os propósitos com o projecto da presidência brasileira.
A julgar pelas declarações do ministro das Relações Exteriores, Téte António, (ver texto à parte), o estadista angolano deve ter intervenções muito importantes no fórum, dado o facto de a África do Sul assumir, no próximo ano, a presidência do G20, que coincide com a liderança de João Lourenço, também em 2025, da União Africana.
Segunda intervenção
O Presidente João Lourenço volta a intervir, amanhã, durante a terceira sessão dos líderes da Cúpula do G20, no tema subordinado ao “Desenvolvimento sustentável e transições energéticas”.
Nessa altura, o Chefe de Estado deve fazer referência aos programas gizados pelo país, que visam à transição para fontes de energia renováveis e não poluentes.
O fórum tem como objectivo impulsionar os grandes êxitos da economia mundial, mas também serve de plataforma de diálogo, entre os diferentes polos de desenvolvimento mundial, tendo em conta a diversidade dos participantes e as maiores concentrações de líderes mundiais.
Ao total, parafraseando o ministro Téte António, são 55 países participantes no fórum, entre membros do G20 e convidados, e, também, as organizações internacionais, nomeadamente, a União Africana e a União Europeia, bem como outras organizações internacionais.
Três eixos de debates vão dominar as sessões dos Chefes de Estado e de Governo, designadamente a desigualdade, combate à fome e à pobreza, no primeiro eixo, a transição energética, no âmbito do processo económico, no terceiro, e a reforma das instituições globais, no caso das Nações Unidas, FMI e Banco Mundial, no terceiro e último eixo.
Os temas de debate visam o fortalecimento da economia mundial e o desenvolvimento sócio-económico global.