As autoridades sanitárias da província do Uíge confirmaram, quarta-feira, o primeiro caso de Mpox, vulgo varíola dos macacos, depois de Luanda, registado no município fronteiriço de Maquela do Zombo, a 310 quilómetros da cidade do Uíge, informou, a directora do Gabinete Provincial da Saúde.
Adelaide Kavenaweteko Malavo explicou que o caso resultou das amostras recolhidas entre os meses de Novembro e Dezembro deste ano a dois pacientes internados no Hospital Municipal de Maquela do Zombo, que apresentavam sintomas similares aos da Mpox.
“O paciente já está em isolamento há alguns dias e está a receber assistência dentro da unidade sanitária. Efectuámos uma visita para verificar o seu estado de recuperação e passar algumas orientações precisas aos técnicos de saúde que estão a cuidar dos casos sobre a observância das medidas de biossegurança”, disse.
Durante a sua estadia em Maquela do Zombo, Adelaide Kavenaweteko Malavo manteve encontros com as autoridades tradicionais, religiosas e a equipa de resposta rápida, com o objectivo de delinear acções relacionadas ao reforço da vigilância epidemiológica, para conter a cadeia de propagação da doença na região.
A responsável visitou, igualmente, as unidades sanitárias da 42ª Brigada das Forças Armadas Angolanas (FAA) e do Posto Fronteiriço de Quimbata, a 41 quilómetros da sede municipal de Maquela do Zombo, tendo interagido com os habitantes locais para aferir a nível de percepção sobre a doença.
“Chegamos à fronteira para se inteirar sobre o que está a acontecer no outro lado, conseguimos constatar que localidade de Quimpango, não tem nenhum caso suspeito. Vamos continuar em alerta para que não possamos ter mais de um caso a nível da província”, referiu.
A directora do Gabinete Provincial da Saúde do Uíge lembrou que a varíola dos macacos apresenta sintomas semelhantes aos da Covid-19 e de malária, sendo que a transmissão ocorre por contacto com pacientes infectados, animais ou materiais contaminados.
A responsável referiu que, na presença de sintomas semelhantes aos das referidas doenças, a pessoa deve imediatamente procurar uma unidade hospitalar mais próxima para ser tratada e evitar contaminação comunitária.