O Sindicato Nacional de Professores do Ensino e Trabalhadores do Ensino não Universitário (Sinptenu) angolano decidiu hoje avançar para uma greve nacional, dividida pelos meses de abril, maio e junho, para exigir “melhores condições laborais e promoções”.
A primeira fase da greve nacional irá decorrer entre 22 e 27 de abril, enquanto a segunda fase irá realizar-se entre 24 e 27 de maio e a terceira fase de 14 de junho a 02 de julho.
Segundo o Sinptenu, a declaração da greve nacional foi aprovada hoje, na sequência de uma assembleia representativa dos trabalhadores do ensino não universitário, em Luanda, que analisou o caderno reivindicativo remetido à entidade empregadora.
A “falta de uma resposta satisfatória” por parte de entidade patronal, que “tão pouco considerou os problemas que afligem os trabalhadores do setor da Educação” motivou a declaração de greve, refere o sindicato na nota.
Outros motivos para a greve, acrescenta o sindicato, são a “não-promoção de categorias e a não fixação de um prazo para a atualização da tabela salarial, num altura em que o poder de compra dos salários já desceu mais de 40%.
O sindicato exige também a criação de meios mais eficientes e constantes para a proteção dos agentes da educação contra a covid-19, além da implementação do transporte para professores ou o respetivo subsídio.
O estabelecimento de convénios com instituições bancárias para concessão de créditos, com instituições de saúde para emissão de seguro de saúde e a atribuição de uma carteira profissional constam ainda do caderno reivindicativo enviado ao Ministério da Educação no passado dia 24 de fevereiro.