Um total de 309 mil famílias, em condições vulneráveis, nos municípios de Ecunha e Cachiungo, província do Huambo, vai ser abrangido na segunda fase do Programa de Fortalecimento do Sistema de Protecção Social “Kwenda”, a partir do mês de Abril.
A directora do Fundo de Apoio Social (FAS), na província do Huambo, Chimuma de Oliveira, sublinhou, ontem, que decorre, actualmente, o processo de eleição dos Agentes de Desenvolvimento Comunitário e Sanitário (ADECOS), que terão a tarefa de auxiliar na sensibilização das famílias, principalmente no esclarecimento dos critérios para transferências monetárias.
Essa transferência, explicou a responsável provincial, vai ser possível, mediante a atribuição de um cartão multicaixa carregado, trimestralmente, com o valor de 25.500 kwanzas, correspondentes a 8.500 kwanzas mensais.
A directora provincial do FAS realçou que a incidência do “Kwenda”, com transferências monetárias, está destinada à componente de inclusão produtiva, que consiste na identificação de actividades geradoras de rendimentos, seleccionados de acordo com a especificidade do grupo-alvo, com vista a potencializar, de forma mais sustentável, as famílias, aumentar a capacidade financeira e o poder de compra.
A directora do FAS disse que o programa, desde que foi lançado no município do Mungo, tem estado a contribuir para a mitigação das dificuldades de muitas famílias e a permitir que as mesmas possam desenvolver, nas localidades em que residem, um pequeno comércio, com realce à venda de milho e frutas.
O requisito de acesso ao programa, detalhou Chimuma de Oliveira, é com base num mapeamento e cadastramento das famílias, em que é necessário certificar o nível de vida e as condições de habitabilidade, sustentando que o “Kwenda” surge para dar resposta a um conjunto de políticas de assistência e protecção social a favor de cidadãos e grupos pobres ou em situação de maior vulnerabilidade.
No Mungo e Londuimbali, municípios onde foram lançadas a primeira fase do programa a nível do Huambo, 56.379 famílias beneficiaram de transferências monetárias, cujos resultados considerou satisfatórios, pelo facto de as pessoas se manifestarem receosas com a seriedade do “Kwenda”, sendo necessário realizar muitas palestras de sensibilização junto das comunidades.