Angola acolhe a 16 e 17 deste mês a Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, altura em que Angola volta a assumir a presidência da organização.
Cabo-Verde ocupa actualmente a presidência, em que um dos principais desafios foi dar vida a proposta para a mobilidade de pessoas no espaço da comunidade, um dos temas que volta a ser debatido na cimeira de Luanda, bem como a cimeira vai tratar também de questões económicas.
O Chefe de Estado Cabo-Verdiano, e Presidente rotativo da CPLP, evocou recentemente dificuldades inerentes ao facto de os nove países estarem inseridos em espaços geográficos diferentes e com compromissos assumidos “no quadro das suas integrações regionais”, apontando os exemplos de Portugal, na União Europeia, e do Brasil, no Mercosul. José Carlos da Fonseca adiantou também que já existe um documento, uma convenção de mobilidade da CPLP, que passou por vários crivos de reuniões técnicas, de Embaixadores, de Ministros da Administração Interna e dos Negócios Estrangeiros.
A cimeira de Luanda será antecedida do Conselho de Ministros da CPLP e de várias outras reuniões técnicas.
A Rádio Nova ouviu Eliseu Gaspar, Presidente da Mesa da Assembleia da Confederação de Empresários da CPLP, onde diz que “com a consagração do pilar económico a presença de Angola vai se caracterizar por uma intensa actividade económica, e onde depois da cimeira vamos elaborar um conjunto de acções para aquilo que vamos chamar de Agenda Económica da CPLP. Em Março vamos lançar um fórum de negócios, onde depois desse fórum vamos criar as Jornadas Económicas da CPLP“, para as províncias nacionais com potencial.
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Ainda falando a nossa estação radiofónica, Eliseu Gaspar espera que o sector privado assuma de facto o seu papel em vários domínios, no âmbito da CPLP, onde “o Conselho Nacional de Segurança Alimentar da CPLP é a instituição que congrega vários departamentos ministeriais de inúmeras matérias, da segurança alimentar dos estados membros. Com a consagração do quarto pilar da CPLP, que é o pilar económico, estarão reunidas as condições para o sector privado assumir as responsabilidades e realizar acções que caracterizou no passado os estados-membros…“finalizando.
Nesse encontro de Luanda, a Guiné-Equatorial terá oportunidade de apresentar o ponto de situação sobre o fim da pena de morte.
A data de realização da Cimeira de Luanda coincide com os 25 anos da CPLP, criada a 17 de julho de 1996, em Lisboa.