O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, anunciou, quinta-feira, em Benguela, que os projectos em curso no sector vão garantir que, até 2027, cerca de 16 milhões de habitantes, que representam metade da população do país, estejam ligados à rede eléctrica.
Em declarações à imprensa no final da visita que o Primeiro-Ministro Português, Luís Montenegro, efectuou à Central Fotovoltaica do Biópio, o ministro da Energia e Águas disse que as projecções apontam que o país venha a ter, até 2027, mais de 33 milhões de habitantes. Portanto, as acções em curso vão permitir que haja capacidade de fornecer energia a metade da população, ressaltou João Baptista Borges.
“Estima-se que, até 2027, metade da população deverá ter acesso à electricidade e, para isso, o investimento a realizar não deverá ser apenas nas fontes de produção, mas também nas redes de transmissão de energia e de distribuição”, adiantou.
João Baptista Borges partilhou os projectos que estão a ser empreendidos para interligar o Centro e o Sul do país, nomeadamente as províncias do Huambo e a da Huíla, bem como o Namibe. Além de levar mais energia e reduzir a produção térmica, o projecto vai impactar também nos custos de produção, que vão reduzir drasticamente e tornar o ambiente mais sadio, com a redução dos gastos com utilização de combustíveis fósseis.
O ministro da Energia e Águas anunciou, igualmente, que até 2027, o país vai ter 1000 megawatts de capacidade de energia solar, que adicionada à capacidade hídrica vai perfazer um número aproximado de seis mil megawats de energia limpa.
“Vamos ter, até 2027, mil megawatts de capacidade de energia solar, que adicionada à capacidade hídrica, de cerca de seis mil megawatts, vai permitir um balanço energético de quase nove mil megawats instalados, sendo que cerca de 72 por cento da mesma energia vai ser limpa e proveniente de fontes hídricas e solares”, sustentou.