O Presidente do Equador, Guillermo Lasso, declarou na quinta-feira o estado de Emergência nas prisões do país, em resposta aos motins ocorridos nos últimos dias em dois centros penitenciários, que fizeram 22 mortos e mais de 40 feridos.
Falando aos jornalistas, o chefe de Estado do país explicou que a declaração do estado de emergência permitirá “a mobilização de todos os recursos necessários para restabelecer a ordem“. O Presidente Lasso ainda assegurou que a polícia recuperou o controlo dos dois estabelecimentos prisionais onde os motins eclodiram, na quarta-feira à noite, e enviou uma mensagem às “máfias” que lutam pelo controlo das prisões.
“Às máfias que tentam intimidar este país, quero dizer-lhes que estão enganadas se pensam que este governo vai agir com a mesma tibieza que os governos anteriores“, disse.
“Vamos usar todo o poder da lei para impor o Estado de Direito, para garantir a paz e os direitos humanos nas prisões do Equador“, acrescentou.
De informar que os motins se registaram na Prisão 1 da província costeira de Guayas, próxima da cidade portuária de Guayaquil (sudoeste), e na cidade andina de Cotopaxi, próxima de Latacunga (centro).
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Na penitenciária de Guayaquil, o Serviço Nacional de Atenção às Pessoas Privadas de Liberdade (SNAI, na sigla em espanhol) indicou que oito presos morreram e três polícias ficaram feridos, tendo sido transferidos para unidades de saúde da cidade.
Os motins na prisão de Latacunga provocaram 14 mortos e 41 feridos, incluindo cinco agentes da polícia, elevando o total de reclusos mortos nos incidentes para 22.
O presidente do Equador anunciou ainda a substituição do diretor do SNAI, Edmundo Moncayo, pelo coronel reformado e antigo legislador Fausto Cobo.