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Sequele está sem água há mais de quatro dias

A Urbanização do Sequele, município de Cacuaco, está privada do fornecimento de água potável desde a passada segunda-feira, por conta de uma avaria na conduta de diâmetro de 600 mililitros, que se encontra na Via Expressa Fidel Castro Ruz.

Esta situação tem estado a causar grandes constrangimentos aos moradores da centralidade que se vêem obrigados a retirar água das bocas de incêndio ou a procurar o produto nos estaleiros de construtores chineses, existentes à volta da cidade.

Em entrevista ao Jornal de Angola, o porta-voz da Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL), Vladimir Bernardo, confirmou que o corte no fornecimento deve-se à rotura na intersecção da referida conduta que alimenta o Centro de Distribuição de Águas do Sequele.

O porta-voz avançou que,  como consequência desta ocorrência, estão privadas do fornecimento de água potável toda a extensão das urbanizações do Sequele e do Maye Maye.

Vladimir Bernardo salientou que os trabalhos para se fechar a rotura da conduta terminaram ontem, nas primeiras horas, e no mesmo dia, por volta das 10 horas, foi reposto o fornecimento ao Centro de Distribuição do Sequele.

“Mas, por se tratar de um sistema de bombagem, primeiro os reservatórios têm de encher, para depois de três horas, começarem a bombear água para os edifícios. Pensamos que, por volta das 12 ou 13 horas (de quinta-feira), no máximo, os moradores do Sequele começarão a receber água”, garantiu.

Apesar da garantia da EPAL, os moradores do Sequele continuavam, pelo menos até às 18h00 sem água, como disse Manuela da Gama, que reside na urbanização há sete anos.

“Nós continuamos com as torneiras secas e à procura de água de um lado para o outro com bidões à cabeça”, lamentou a moradora, ao acrescentar que “estamos a retirar o precioso líquido nas bocas de incêndio, desinfectamos com comprimido ‘Certeza’, depois usamos quer para beber quer para outros efeitos”.

Para Afonso Waco, outro morador, nos últimos meses, é um grande desafio viver no Sequele, devido à falta de água. Por estar distante da estrada principal, referiu ser complicado as constantes restrições.

E, quando isso acontece, salientou que os apartamentos ficam abafados, principalmente, com o cheiro de urina. “Para evitar esta situação, desde quarta-feira ando com cinco bidões no carro, para enchê-los no serviço”, disse.

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