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Serviço de Investigação Criminal detém dois cidadãos estrangeiros

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve, na segunda-feira, em flagrante delito, em Luanda, dois cidadãos estrangeiros, de 32 anos, um de nacionalidade indiana e o outro eritreu, por adulterarem as datas de caducidade de 50 toneladas de arroz de marca Tande e Desmate Rice.

O porta-voz do SIC, superintendente Manuel Halaiwa, disse que os detidos foram  flagrados quando efectuavam a adulteração das datas de validade de produtos da cesta básica, ao mudar o produto, no caso o arroz, dos sacos antigos, com a data caducada em Maio deste ano, para novas embalagens, cuja data de validade venceria em Fevereiro de 2023.

A apreensão do arroz e  consequente detenção dos implicados, adiantou, é resultado de um trabalho de busca de informações ligadas às infracções de índole económica e que lesam o consumidor.

No interior do armazém, localizado na auto-estrada Fidel Castro Ruz, junto à ponte do 25, o Jornal de Angola constatou grandes quantidades de arroz, embaladas em saquetas de um, dois e cinco quilos já caducados, bem como embalagens vazias, com uma nova data, onde estava a ser colocado o produto.

Manuel Halaiwa disse que o arroz expirado era embalado com a ajuda de uma máquina electrónica, sob várias medidas e depois enviado para a comercialização nos mercados e superfícies comerciais. “É uma forma de prejudicar a saúde do consumidor muito errada, tendo em conta o enriquecimento rápido”.

O SIC, explicou, apreendeu  no interior do armazém 50 toneladas de arroz Basmate, de marca Tanda, 134 sacos de arroz moído, de 25 Kg, e 1.000 sacos de arroz em grão, de 50 Kg, uma mercadoria avaliada em mais  de 19 milhões de kwanzas, pertencente à empresa Bom Amigo Comercial – Lda. “No acto foi detido o responsável do armazém,  um cidadão indiano”.

Medidas falsas

No mesmo recinto, onde era adulterado o arroz, foram apreendidos, mas na empresa Noah Nardi Comércio e Indústria – Lda, por falsificação de pesos e medidas, 118 sacos de açúcar Cristal, de 10 Kg, e 1.022 bidões de óleo alimentar, avaliados em mais de nove milhões de kwanzas.

O SIC apurou que os estrangeiros, de forma dolosa, orientavam os trabalhadores a falsificarem o peso das referidas embalagens.

Domingos António, de 25 anos, funcionário do armazém há dois meses, explicou que o empresário comprava os bidões de óleo, de 20 litros, de uma determinada marca, e depois deitavam o conteúdo num outro recipiente de 200 litros.

“Era uma forma de adulterar a quantidade e poder ganhar um dinheiro a mais. O mesmo procedimento ocorria com os sacos de açúcar de dez quilos, que não eram empacotados nas quantidades correctas”.

O cidadão indiano, informou Manuel Halaiwa, vai ser levado ao Ministério Público, por crime de adulteração de substância alimentar, en-quanto o eritreu será encaminhado ao Tribunal de Viana, para Julgamento Sumário, por falsificação de peso e medida.

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