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Visita do Presidente Joe Biden marca aproximação aos EUA

A visita do Presidente Joe Biden eleva Angola a país mais visitado e simboliza a concretização de um processo de aproximação aos Estados Unidos da América, revelaram os especialistas em política internacional, João Gonçalves, José Paquissi Mendonça e António Henriques.

Em declarações ao Jornal de Angola, João Gonçalves disse que a aproximação de Angola ao Estado norte-americano começou no início dos anos 90, exactamente há 30 anos.
“Tudo começou a 20 de Maio de 1993, quando o Presidente Bill Clinton, recém-eleito reconheceu o Estado angolano. Antes haviam boicotado, por Angola ter optado pela via socialista, em 1975. De lá para cá, foi um processo de melhoria de relações”, recordou.
João Gonçalves disse, ainda, que o benefício desta visita vem incentivar o aproveitamento do Corredor do Lobito. “É satisfatório o Presidente de uma superpotência mundial visitar o nosso país, politicamente e diplomaticamente convém”, acrescentou, lembrando que o discurso feito pelo Presidente João Lourenço na Assembleia Geral da ONU demonstra, claramente, que Angola é um país neutro, que toma decisões conforme a sua soberania.
Para o analista político José Paquissi Mendonça, a visita será o ponto mais alto das relações bilaterais entre Angola e os Estados Unidos, sublinhando que caberá, agora, ao nosso país, continuar a melhorar o ambiente de negócios, para reter os investimentos americano.
“A visita do Presidente Joe Biden a Angola marca, também, o sucesso da diplomacia de João Lourenço, no quadro das relações bilaterais, económicas e políticas entre os dois Estados”, referiu.
No quadro das relações, José Paquissi Mendonça referiu que Angola deve continuar a “organizar a casa”, no sentido de proporcionar bom ambiente de negócios, reforçando, cada vez mais, a luta contra a corrupção.
Na opinião do também especialista para a política internacional António Henriques, a visita de Joe Biden é “histórica naquilo que é o processo de estabelecimento de relações diplomáticas Angola e EUA.
“A visita visará, fundamentalmente, o reforço das parcerias económicas, mas devemos assinalar a criação da primeira rede ferroviária e transnacional de acesso livre em África primária”, disse António Henriques, para quem Angola é, actualmente, “um actor credível” do ponto de vista das relações internacionais.
“América é a maior economia do mundo. Quem não andar com os fortes, não se tornará forte, e, é importante percebermos que, na política externa, o que se representa é o interesse dos Estados e não os dos titulares do poder político dos Estados”, enfatizou.
O analista político referiu, ainda, existir muita especulação em relação ao que pode produzir a visita de Joe Biden ao país, relativamente às correntes sociais, políticas, nacionais e internacionais.
“Estamos a falar do Presidente dos EUA e não de um ex-presidente. Ele virá ainda em efectividade de funções”, esclareceu, explicando que a política externa dos Estados é estabelecida em três expectativas, nomeadamente, curto, médio e longo prazo.
“Estas políticas vão continuar a ser desenvolvidas e executadas em função daqueles que são os grandes projectos dos Estados. Não é apenas Angola que precisa do investimento estrangeiro, mas também a América está numa concorrência desleal com os principais concorrentes do ponto de vista económico”, observou.

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