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Censo vai permitir a elaboração da estratégia Angola 2050, revela Ministro

O ministro do Planeamento, Victor Hugo Guilherme, afirmou quarta-feira que os resultados do censo vão ser cedidos às instituições para a definição das políticas públicas e planificação da vida dos angolanos.

Victor Hugo Guilherme, que falava à imprensa, no fim da cerimónia de lançamento do censo, disse que o Ministério do Planeamento vai ser um dos maiores beneficiários dos resultados por ser o responsável pela coordenação da elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento, que com base nos dados obtidos, vai poder ser reformulado, assim como a Estratégia Angola 2050.

“Espero que toda a população angolana adira a este censo, respondendo com verdade às perguntas que estão no inquérito, para que os resultados finais tenham a veracidade para que se possa trabalhar”, apelou o ministro.

O responsável do Planeamento adiantou que os recenseadores vão, durante um mês, fazer a recolha dos dados para se saber o número de habitantes no país. Penso que depois do final de todo este trabalho, nós podemos então divulgar os montantes que foram gastos e que são públicos. No Orçamento de 2024, estão as verbas para o Censo, assim como, estará uma parte no Orçamento de 2025 por causa dos relatórios temáticos que nós iremos fazer e que depois vamos distribuir à população e à sociedade angolana, esclareceu.

Victor Hugo Guilherme falou também do grande apoio das Forças Armadas Angolanas (FAA) e da Polícia Nacional, que fez com que os custos reduzissem.

Comunicação Social à altura do processo

O secretário de Estado da Comunicação Social, Nuno Caldas, disse que a Comunicação Social está, e vai estar à altura durante o processo.

“Foi por via da Comunicação Social que se conseguiu fazer o trabalho do apelo, de sensibilização e de mobilização, ao nível dos meios tradicionais e alternativos, ou seja, os expedientes alternativos à comunicação tradicional, que são as plataformas digitais e redes sociais”, disse.

Nuno Caldas destacou ainda a eficácia da Estratégia de Comunicação, que na sua opinião, está a produzir resultados positivos, uma vez que foi dimensionada em quatro fases fundamentais, e está neste momento na terceira para depois entrar na quarta. Nuno Caldas apelou a todos os cidadãos a participarem activamente e de forma afectiva no processo que contribui grandemente para Angola e aos angolanos, saber quantos somos, onde estamos e como estamos, porque só assim, o Governo vai poder desencadear um conjunto de acções e políticas públicas direccionadas ao rácio censitário que Angola terá.

O apelo que vai é efectivamente de tratarem com carinho, com atenção os nossos agentes censitários e que possam disponibilizar todos as informações de forma fidedigna para que possamos ter dados reais do, disse.

Efectivos da Polícia Nacional prontos para garantir a segurança 

O comandante geral da Polícia Nacional (PN), Arnaldo Carlos, assegurou que os 16 mil efectivos da polícia estão preparados para darem cobertura ao processo censitário a nível dopaís.

Em declarações à imprensa, Arnaldo Carlos informou que, a população deve encarar o censo como uma actividade normal e estar sensibilizada para receber os recenseadores.

O comissário-chefe garantiu que, caso surja situações que necessitem a intervenção policial, esta tem os mecanismos necessários para uma pronta intervenção.

“As forças policiais estão preparadas para garantir que o processo corra da melhor forma possível. O Censo da População e Habitação é um processo normal, os cidadãos devem estar preparados para receber em paz os agentes censitários”, referiu.

A ministra da Educação, Luísa Grilo, garantiu que o Censo representa para o sector que dirige uma grande valia “porque vai permitir saber quantas escolas serão necessárias para os próximos anos, quantos alunos efectivamente estão fora do sistema de ensino”, disse.

Luísa Grilo garantiu que, durante o Censo, as aulas vão decorrer de forma normal, sem interrupção. “Os professores estão a trabalhar nesse processo e aqueles que não estão, continuam a dar as aulas. Não temos necessidade de paralisar as aulas. Seriam 30 dias para o Censo.  O calendário escolar é para ser respeitado. O aluno, se perder uma aula, perde muita matéria, não podemos encurtar o ano lectivo”, informou.

Em relação a substituição dos professores que estão a trabalhar no Censo, Luísa Grilo, explicou que os alunos estagiários, e os professores finalistas dos cursos de Magistério estarão presentes para atender os estudantes.

A representante do Fundo das Nações Unidas para a População, Rinko Kinoshita, considerou o Censo como um evento importante que visa actualizar dados sobre características sócio-económicas do país.

Rinko Kinoshita referiu que o Fundo das Nações Unidas para a População, apoio o Instituto Nacional de Estatística (INE), com vários equipamentos com destaque para os Tablet´s, tendo destacado, “que este ano o Censo é digital para uma melhor organização dos dados da população”, destacou.

O Censo, acrescentou, é um invento muito importante para um país. “Fazer parte desta história de Angola é uma honra muito grande para nós Nações Unidas”, disse.

Por sua vez, a coordenadora residente da Organização das Nações Unidas (ONU) em Angola, Zahira Virani, disse que o Censo da Populacional e Habitação representa uma aposta do Estado angolano nas políticas públicas do país. “O Censo vai ajudar na distribuição das políticas e dos projectos para que o país tenha os planos bem gizados”, disse.

Zahira Virani acrescentou que com a do Censo, o Governo poderá fazer uma melhor distribuição das suas receitas, e ajudar a planear melhores os serviços para que o país cresça de maneira sustentável.

“Se quisermos planear as actividades, os projectos para o desenvolvimento sustentável do país, é absolutamente necessário saber quantos somos, onde vivemos, qual é a percentagem, por exemplo, das mulheres, das crianças, da população, das pessoas que vivem com deficiências.

A coordenadora residente da Organização das Nações Unidas (ONU) em Angola, Zahira Virani, felicitou o Governo de Angola, pela realização do Censo, “o exercício desta actividade para qualquer país é muito difícil, mas absolutamente necessário, porque os Governos precisam de dados”, concluiu.

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