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Efectivos passam para o Sistema Integral de Gestão Financeira do Estado

Os efectivos da Casa Militar do Presidente da República, anteriormente designada Casa de Segurança, vão ser enquadrados, na reestruturação em curso na instituição, no Sistema Integral de Gestão Financeira do Estado.

A informação foi avançada, ontem, em Luanda, pelo ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, quando conferia posse às novas chefias da instituição.

Fez saber, ainda, que a Casa Militar contará com um banco de dados, para a gestão orçamental e patrimonial. “Precisamos de concluir todo o quadro normativo legal, designadamente, os estatutos dos órgãos independentes e tutelados e os quadros orgânicos”, referiu.

Na ocasião, Francisco Furtado chamou atenção às novas chefias, entre oficiais generais e almirantes, para a necessidade da fiscalização dos sinais atinentes à guerra das informações.

Disse que as guerras modernas estão engendradas nas tecnologias de informação e comunicação e já começaram a atingir grande parte das economias e políticas governativas, em que o inimigo é invisível e imprevisível.

“Devemos estar preparados para esta nova forma de se fazer a guerra. Devemos quebrar a acção do inimigo, antes deste planificar as suas iniciativas”, frisou.

O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República alertou que, no cenário da guerra que se vislumbra, são usados, por via das tecnologias de informação e comunicação, a desordem, desinformação, insurreição, desobediência civil, cujos cabecilhas, como sublinhou, “aparentam ser invisíveis, mas não se deve iludir, porque todas essas tendências têm nome, rosto e objectivos a atingir”.

“Para tal, impõe-se combater tão urgente quanto necessário a desordem duradoura que se quer perpetrar em alguns Estados, fundamentalmente no continente africano”, realçou.

Francisco Furtado acrescentou que a recente tentativa de golpe de Estado na Guiné-Bissau e, muito antes, no Burkina Faso, na Guiné Conacri, e a tensão que a OTAN impõe à Rússia, para deter a Ucrânia, são evidências de um conflito generativo para a redefinição da geoestratégia mundial.

Por este e outros cenários, salientou ser imperioso, na geoestratégia, mudar o olhar para os fenómenos que se apresentam no dia-a-dia e não subestimar os actos que, à primeira vista, parecem pequenos. Ressaltou que os paradigmas destas acções devem determinar a actuação da Casa Militar do Presidente da República, sempre a olhar para o interesse maior, que é a defesa e a segurança nacional do país.

“O livro ‘A nova arte da Guerra’ mostra-nos que, nas próximas décadas, haverá guerras sem Estados e actores globais mais poderosos. Muitos Estados e Nações passarão a existir apenas de nome, tal como já acontece em alguns casos”, alertou.

Nesse contexto, Francisco Furtado disse que as guerras vão ser travadas, na maioria, na sombra e usando meios encobertos e a negação plausível a revelar-se mais eficaz, em que o poder do fogo, na era da informação, não será notável. “No entanto, isso pode ser evitado, se agirmos agora antes das crises”, aclarou.

O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República lembrou, ainda, que as tarefas da instituição transcendem a dimensão organizacional, nomeadamente, incumbidas no quadro da responsabilidade da segurança nacional, assistência e protecção às grandes calamidades e catástrofes.

“Por isso, quero chamar, aqui, a dimensão do combate à prevenção da Covid-19, o apoio às populações face à seca que assola a Região Sul do país, pois muitos de nós teremos de estar nestes actos de forma permanente, sem nos descartarmos de outras responsabilidades”, realçou.

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