A empresa espanhola Indra diz que foi seleccionada para desenvolver e implementar as soluções tecnológicas e de logística das eleições gerais de Agosto próximo por ter respondido a todos os requisitos do concurso público promovido pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), aberto à apresentação de propostas de outras empresas.
Num comunicado enviado as redacções, para, embora de forma indirecta, reagir a algumas suspeições à volta da sua escolha, algumas das quais por, alegadamente, falsificar resultados eleitorais, a Indra esclarece que a sua solução tecnológica engloba a contagem provisória e a contagem final de todos os votos registados nas eleições gerais. Trata-se de uma solução que “garante o cumprimento dos requisitos de transparência e de segurança exigidos por lei, o que implica a redundância dos sistemas de computação, transmissão, processamento e divulgação de resultados, entre muitos outros serviços”.
A Indra acrescenta que assume a aquisição, transporte e entrega de todo o material necessário para a realização das eleições gerais.
Numa outra nota enviada exclusivamente ao Jornal de Angola, a Indra diz não se rever em nenhuma das acusações contra si, “uma vez que nunca lhe foi movido qualquer processo judicial em nenhum dos países onde tem trabalhado em processos eleitorais. E, consequentemente, nunca foi condenada”.
A Indra realça o facto de continuar a organizar actos eleitorais no seu país de origem. “Ainda este fim-de-semana, por exemplo, foi responsável pelas eleições regionais em Castela e Leon”, sublinha.