Um total de 150 delegações policiais de todas as latitudes do globo participa, desde terça-feira (23), em Istambul, Turquia, na 89ª sessão da Assembleia Geral da Interpol, que, até quinta-feira (25), analisa os fenómenos criminais mais relevantes, que exigem a cooperação internacional entre os órgãos de Polícia Criminal.
A delegação angolana é chefiada pelo ministro do Interior, Eugénio Laborinho, e dela fazem parte o comandante-geral da Polícia Nacional, o director da Interpol-Angola e o director-geral do Serviço de Investigação Criminal (SIC).
Segundo o director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério do Interior, Waldemar José, na sessão deste ano serão abordadas questões ligadas aos relatórios do grupo de trabalho sobre a reforma da governação da Interpol e aprovação das emendas que regulam o comité executivo.
Durante a assembleia, serão nomeados os auditores externos da Interpol, analisado o plano de trabalho e orçamento da instituição para o próximo ano, bem como a projecção orçamental para o período 2023/2024.
Está, também, prevista a realização do pleito eleitoral para o provimento das vagas de presidente e vice da Interpol.
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Waldemar José realçou que a Interpol é a Organização Internacional da Polícia Criminal, uma das maiores organizações internacionais voltada para a assistência recíproca na prevenção e combate ao crime, através da troca de informações, recursos técnicos e promoção de operações conjuntas.
Acrescentou que a organização teve os seus alicerces em 1914, em Mónaco, mas a sua fundação formal ocorreu em 1923, na Áustria, contando, actualmente, com 194 países-membros.
A presidência da Interpol, desde 21 de Novembro de 2018, é ocupada por Jong Yan Kim, conselheiro do ministro do Interior da República da Coreia do Sul, cujo mandato termina no decurso desta 89ª sessão da Assembleia-Geral.
A organização tem como secretário-geral o alemão Jurgen Stock.
A Assembleia Geral da Interpol reúne anualmente, para analisar e deliberar questões profundas da organização. Nesta 89ª sessão, os trabalhos decorrem de forma limitada, devido às condições impostas pela pandemia da Covid-19, que assola o mundo.
As delegações são integradas por oficiais dos órgãos de polícia, mas podem, também, incluir membros de outros órgãos, de acordo com a especialidade e especificidade dos temas a serem abordados. Cada delegação tem direito a um voto, devendo fazer-se acompanhar de uma carta de plenos poderes, se não for chefiada pelo Chefe do Governo ou pelo ministro das Relações Exteriores.