A ONU a informar que está a acompanhar o desenrolar dos protestos em Cuba e destacou a necessidade de as autoridades do país respeitarem integralmente a liberdade de expressão e de reunião dos cidadãos.
Segundo Farhan Haq, porta-voz da ONU, durante uma conferência de imprensa, a instituição “está a acompanhar o que acontece e (…) assegurarmo-nos de que os direitos básicos das pessoas, especialmente a liberdade de expressão e a liberdade de reunião pacífica, serão respeitados“, disse quando interrogado sobre a situação em Cuba,.
Haq destacou que, perante as manifestações que assolou Cuba, no último Domingo, as Nações Unidas mantêm a sua “posição de princípio” sobre a importância de respeitar essas liberdades fundamentais.
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Ainda perguntado sobre as alegadas agressões sofridas por jornalistas, nomeadamente um repórter fotográfico de uma agência noticiosa internacional, Farhan Haq, acrescentou que “em qualquer parte do mundo a imprensa deve ter liberdade para fazer o seu trabalho sem perseguições e sem violência ou ameaças de violência”.
De informar que milhares de cubanos saíram às ruas no domingo para protestar contra o Governo, com gritos de liberdade, perante confrontos com as autoridades que detiveram dezenas de pessoas, enquanto o Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, convocava os seus apoiantes para defender a revolução.
Estes foram os maiores protestos contra o Governo de que há registo na ilha desde o chamado “maleconazo”, quando em agosto de 1994, em pleno “período especial”, centenas de pessoas saíram às ruas de Havana e não se retiraram até à chegada do então líder cubano Fidel Castro.
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Os Estados Unidos já manifestaram a sua “preocupação” perante a reação das autoridades cubanas face aos manifestantes e a Rússia disse que não aceitará “ingerências” de países terceiros contra Cuba.