O secretário para a Informação e Propaganda do MPLA disse, quinta-feira(25), quando reagia aos resultados provisórios das Eleições Gerais, divulgados pela CNE, que as projecções são animadoras, e permitem continuar a governar com tranquilidade, admitindo melhorar a prestação de serviço público.
Rui Falcão referiu que o MPLA vai redireccionar algumas acções, para reverter o quadro. “O MPLA está sereno, fizemos uma campanha limpa, a melhor dos cinco pleitos, não tivemos problemas de maior, o povo quis assim”, disse, acrescentando que “já orientamos os militantes a continuar tranquilos e a não reagir a qualquer provocação, porque, frisou, “não somos nós que ditamos os resultados, é a CNE”.
Em relação à derrota esmagadora em Luanda, maior praça eleitoral do país, Rui Falcão reconheceu que deixa um sabor amargo, porque a intenção era ganhar com 98 por cento, tendo sublinhado que “quem decide é o povo, e o MPLA respeita esse direito de escolha”.
“A juventude não tem nada a ver com isso, porque o nível de abstenção foi extremamente alto e penaliza quem está sempre no exercício do poder político”, sublinhou. O secretário para a Informação e Propaganda do MPLA acrescentou que “é preciso fazer uma reflexão para saber onde fomos eficientes, e onde não fomos, para corrigir o que estiver errado, realçando que é o propósito para os próximos tempos”.
Sobre a perda de deputados em praças tradicionais do partido, Rui Falcão justificou que isto é fruto da democracia, justificando ser mais uma lição que todos devem aprender. “Nós somos suficientemente humildes para reconhecer o muito que o povo fez pelo MPLA”, frisou.
Apesar de terem perdido deputados em algumas províncias, Rui Falcão disse que o partido não perde força, porque vai governar com maioria absoluta. “A maior parte dos países democráticos são governados por uma maioria absoluta, nós éramos uma das excepções e estávamos a governar com uma maioria qualificada. O povo quis que nós tivéssemos uma maioria absoluta, é com ela que vamos governar. Prevaleceu a vontade popular”, disse.
Nesta senda, o secretário para Informação e Propaganda do MPLA, Rui Falcão, afirmou que, agora, compete fazer a leitura ponderada de tudo o que aconteceu, do percurso feito durante os cinco anos, e, em função disso, redireccionar algumas acções e melhorar a prestação de serviços públicos na próxima legislação.
Sobre as reclamações dos resultados provisórios divulgados pela CNE, por parte de outras forças concorrentes, esclareceu que o MPLA é um jogador, e não árbitro, por este facto, continuou, as reclamações devem ser apresentadas com provas e a quem tem competência para o fazer, que é a CNE.