O Presidente da República, João Lourenço, lançou, ontem, em Luanda, um repto aos investidores privados nacionais e estrangeiros a apostarem na indústria do curtume, no país, como forma de se dar um aproveitamento integral do gado usado na indústria de transformação alimentar.
“Já começámos a fazer o aproveitamento das carnes, mas precisamos de fazer, também – e é algo que se impõe -, o aproveitamento integral das peles dos animais, nomeadamente do bovino e do caprino. Portanto, fica o desafio para os investidores privados”, realçou.
O Presidente da República, que se fez acompanhar de membros do Executivo, ressaltou que as indústrias de transformação a operar no país estão a dedicar, so-bretudo, mais atenção ao aproveitamento das carnes das diferentes espécies de gado, desperdiçando, deste modo, a totalidade das peles desses mesmos animais que é muito “mau até para o próprio ambiente”.
“Dentro do gado deve-se aproveitar tudo, mas absolutamente tudo. Não deve haver desperdício. As peles têm muita importância”, alertou o Presidente, para quem é muito mau atirá-las para a terra.
Curtume, também conhecido como alcaçaria, é o acto que consiste no processamento do couro cru, deixando-o utilizável para a indústria e o atacado. Em relação à fábrica Quintas dos Jugais Angola, o Presidente esclareceu que aceitou o convite para inaugurá-la como forma de incentivar a produção nacional e os investidores privados, quer nacionais, quer estrangeiros. “A transformação dos alimentos é algo que nos está a faltar desde há um tempo”, frisou.
Disse que o que era produzido no campo não encontrava a devida correspondência na área industrial, para a transformação e processamento de empacotamento, de modo a chegar às prateleiras das grandes superfícies e à mesa do consumidor em boas condições de higiene.