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Presidente da República João Lourenço fala à Nação

As expectativas sobre o Estado da Nação apontam para mais oportunidades no sector da Agricultura Familiar, Indústria Transformadora e melhoria das infra-estruturas rodoviárias no país.

A possibilidade surge como previsão para o discurso que será apresentado pelo Presidente da República, João Lourenço, na Assembleia Nacional, hoje, em Luanda.
O presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA), Vicente Soares, defende que o discurso insida em aspectos como a aposta na produção agrícola familiar e na indústria de transformação,já que tem observado um esforço muito grande da parte de todos os agentes económicos públicos e privados em melhorar a cadeia alimentar local.
Apesar do sistema de produção no país ser considerado, nesta altura, bastante notável em algumas áreas,a mensagem estará virada ao incentivo aos angolanos para que se trabalhe mais para se inverter o actual quadro tendo como base a agricultura familiar e produção industrial.
Vicente Soares, que também aguarda por novas ideias para a garantia da auto-suficiência, destaca a manifestação de interesse de empresários expatriados em operar no Corredor do Lobito, espaço pelo qual pode dar um impulso aos investidores. O trabalho de recuperação e extensão de estrada que igualmente se espera ser dito pelo Chefe do Executivo angolano, é um dos aspecto fundamentais para atracção dos investidores e melhoria do ambiente de negócios.
O economista Nilzo Cruz manifestou-se particularmente expectante de que o Estado da Nação será marcado por diversos desafios e oportunidades. Nos últimos anos, o país tem enfrentado questões como a diversificação da economia, a redução da dependência do petróleo, agricultura familiar e a melhoria da infra-estrutura.
Além disso, há um foco na promoção de investimentos estrangeiros, que é necessário atrair mais empresários com vontade de investir no território nacional e a divulgação do turismo local, no fortalecimento da educação e na melhoria dos serviços de saúde. No entanto, já se tem notado um grande avanço no combate à corrupção, à ao desemprego e à desigualdade social.
A expectativa é que, com as reformas em andamento e o engajamento da sociedade civil, Angola possa alcançar um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo. O futuro também depende da estabilidade política e da capacidade do Governo de implementar políticas eficazes.
Para o economista, espera-se que a economia traga resultados significativos para as famílias, especialmente após a decisão do Conselho de Política Monetária (CPM) de manter a taxa do Banco Nacional de Angola (BNA) em 19,5 por cento. Essa decisão foi influenciada pela perspectiva de desaceleração no crescimento dos preços, que se deve à melhoria na oferta de bens essenciais de consumo e ao controlo da liquidez na economia. Essa abordagem pode contribuir para um ambiente económico mais estável, beneficiando directamente a população.
Essa estratégia busca aumentar a produção agrícola, que já apresenta resultados positivos no país. Ao promover o desenvolvimento rural, não só melhoramos a qualidade de vida das comunidades, mas também contribuímos para a segurança alimentar e a diversificação da economia angolana.
Outrossim, é a expansão do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) para além de e outros programas como a criação de diversos municípios na nova Divisão Político-Administrativa, que o Executivo está comprometido em melhorar as vias de comunicação e pequenas infra-estruturas nas áreas rurais.
O objectivo será alcançar uma maior auto-suficiência nas famílias que estão alocadas nas mesmas regiões e atrair aquelas que estão ociosas e desempregadas nas cidades, fortalecendo assim a força de trabalho no campo.
A combinação de reformas e investimento em infra-estrutura e um ambiente mais favorável aos negócios pode impulsionar o crescimento. No entanto, os desafios existentes precisam de ser abordados para garantir um progresso sustentável e inclusivo.
Já o economista Carlos Ferrão perspectiva um discurso enquadrado na dinamização dos sectores-chave economia, diversificação através dos sectores não petrolíferos como a indústria, agricultura e turismo.
Angola está a cumprir com o seu plano estratégico de desenvolvimento económico, porém precisa melhorar as infra-estruturas para enfrentar os desafios da produção.
O especialista em Relações Internacionais, Osvaldo Mboco, espera que o discurso sobre o Estado da Nação, reflicta e a real situação sócio-económica do país e a estratégia para responder aos principais desafios.
Osvaldo Mboco disse que o pronunciamento do Chefe de Estado deve devolver a esperança aos angolanos para a concretização das suas aspirações, em ter um país melhor.
Em função do contexto actual do país, acrescentou, o discurso deverá explicar o trabalho desenvolvido pelo Executivo e as acções definidas para responder aos desafios que o país enfrenta nos diferentes domínios.
Um destes desafios, no entender de Osvaldo Mboco, tem a ver com a inflação que influencia muito na perda do poder de compra dos angolanos.
Neste sentido, o especialista disse que quer ouvir do Presidente uma medida urgente para conter e diminuir a taxa de câmbio, cujos níveis actuais fizeram com que os preços dos produtos alimentares alterem quase que todos os dias.

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