As reservas minerais de ouro existentes no país rondam, neste momento, em torno de 21.562 toneladas de metal contido (in situ), com valor calculado em 1,07 biliões de dólares, considerando o preço de referência do mercado mundial de 50 mil dólares por cada quilograma.
O valor da reserva consta dos estudos de viabilidade submetidos aquando da solicitação dos direitos de exploração assim como nos planos de produção das empresas minerais existentes, segundo a Agência Nacional de Recursos Minerais (ANRM).
O administrador executivo, João Chimuco, disse ao Jornal Economia e Finanças, da última sexta-feira, que as reservas do ouro em Angola existem nas províncias de Cabinda, Cuanza-Norte, Huíla, Huambo, Zaire, Cuanza-Sul e Bié. O potencial é considerado um “boom” na medida que se consolida com o surgimento de novos projectos de prospecção, que poderão resultar em futuros poços minerais.
Os referidos poços, depois de trabalhados, conforme mandam as regras minerais, tornam-se minas. O potencial é grande e ocorre fundamentalmente nas três províncias em exploração, designadamente Huíla, Cabinda e Hu-ambo, confirma a ANRM.
Para travar a exploração ilegal do ouro, a Agência trabalha em parceria com as forças de defesa e segurança e as autoridades tradicionais, para responsabilizar os prováveis insurgentes da actividade legal. A perda com a exploração ilegal é alta do ponto de vista financeiro e material “Perde-se muito porque o “modus operandi” é sofisticado e muito ouro vai parar no mercado informal com prejuízos avultados”.