O Instituto para o Estudo da Guerra, na sua mais recente atualização sobre a situação de guerra na Ucrânia, informa que vários membros da fação russa siloviki continuam a manifestar a sua insatisfação relativamente às investidas militares levadas a cabo pela Rússia no país.
Segundo a mesma fonte, esta é uma fação que envolve pessoas com bases de poder significativas dentro do círculo interno do presidente russo, Vladimir Putin.
O instituto aqui citado ressalvou mesmo que esta fação já terá confrontado diretamente o chefe de Estado russo relativamente ao progresso do conflito militar na Ucrânia.
A mesma fonte recordou ainda que Ramzan Kadyrov, o líder da Chechénia, veio já queixar-se da resposta dada pelo país na sequência dos supostos ataques ucranianos sobre território russo, classificando-a de “fraca”. O checheno mostrou-se ainda insatisfeito com a falta de retaliação russa face às contraofensivas levadas a cabo pelas tropas de Kyiv, numa altura em que foi já decretado o estabelecimento da lei marcial.
Perante este cenário, o Instituto para o Estudo da Guerra acrescenta que o chefe de Estado russo continuará, assim, a ter dificuldades para satisfazer o eleitorado pró-guerra a longo prazo.
Esta informação surge no mesmo dia em que as Forças Armadas da Ucrânia alegam que, só no último dia de combate, 480 militares russos perderam a vida. A mesma fonte, citada pelo The Kyiv Independent, dá conta de que cerca de 68.900 soldados russos terão morrido desde o início da guerra.
Já de acordo com as mais recentes contabilizações da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 6.300 civis perderam a vida no decorrer deste conflito militar, que teve início a 24 de fevereiro. Quase 400 deles eram crianças.