O governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, considerou, terça-feira (16), na cidade do Huambo, que a insuficiência de rentabilidade nas operações financeiras impossibilita a abertura de mais agências em todas as regiões do país, situação que pode ser suprimida com a figura do agente bancário, uma vez prestar todos os serviços em nome dos bancos comerciais.
José de Lima Massano, que interveio, via Zoom, no X Fórum de Economia e Finanças, avançou que “não é possível” esta cobertura em todas as localidades, pelo que o Banco Nacional de Angola tem estado a elaborar normas facilitadoras para a realização de operações financeiras, caso dos pagamentos mó-veis, em que se podem fazer transferências de valores e receber salários sem a necessidade de se deslocar a uma agência bancária.
“Fizemos sair, recentemente, uma norma permitindo que os próprios terminais de pagamento possam ser utilizados para o levantamento de numerário. Estamos num processo de certificação de bancos comerciais e, vamos já com cerca de seis bancos em produção. Teremos, até à primeira quinzena de Dezembro, todos os bancos certificados, e no primeiro trimestre do próximo ano haverá maiores facilidades”, sublinhou.
MAIS: BNA afina combate ao branqueamento de capitais
A figura do agente bancário e pagamentos móveis são, sustentou, serviços alternativos que vão complementar e reduzir a necessidade de, sobretudo no final do mês, ter uma grande concentração de pessoas nas agências e cobrir também a falta das mesmas em algumas regiões.
“Quem dispõe de um terminal de pagamento automático, num pequeno estabelecimento comercial ou grande superfície, poderá permitir que os seus clientes possam fazer levantamentos. Há vantagens para o comerciante porque é pago por esse serviço e pode cobrar uma comissão de até um por cento”, disse.
O governador do BNA explicou, na ocasião, como funciona o sistema de levantamento de dinheiro nos estabelecimentos comerciais, em qualquer parte do país.